FamTour FRT Sergipe – Terceiro dia reservou cultura e muita história

 

Por Marcos Arruda

Frei João Marcos, do Convento Carmelita, com o grupo de agentes de viagens (Marcos Arruda)

Aracaju (SE) – O terceiro dia do Famtour FRT Operadora em Sergipe reservou aos agentes de viagens um dia voltado a cultura e a história do povo sergipano. Hoje visitamos duas cidades Históricas, a de São Cristóvão, Patrimônio da Humanidade, e o município de Laranjeiras com sua arquitetura colonial e a forte referência no folclore.


São Cristóvão
Praça de São Francisco, que reúne um cruzeiro (Imagem: Marcos Arruda)

São Cristóvão está localizada a apenas 25Km da capital Aracaju. Fundada em 1590 por Cristóvão de Barros, a pequena cidade histórica foi a primeira capital da nomeada Capitania de Sergipe e, é a quarta mais antiga do Brasil. O conjunto arquitetônico colonial é tombado pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Nossa visita começou na Praça de São Francisco, que reúne um cruzeiro, a Igreja e o Convento de São Francisco (do século XVII), a Casa de Misericórdia e o Museu Histórico, antigo Palácio Provincial onde se hospedou Dom Pedro II quando visitou a cidade em 1860. Igrejas estão por todos os lados e uma chama a atenção, a Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (século XVIII), santa de devoção dos escravos. Ali fica também a Igreja e o Convento do Carmo, que abriga o Museu dos Ex-votos (entrada gratuita). A Igreja Matriz de São Cristóvão fica na praça de mesmo nome, típica de uma cidadezinha do interior, com coreto e cercada por barzinhos e quitandas. Não deixe de provar as famosas queijadinhas de coco da Dona Marieta Santos, um encanto de pessoa com suas histórias que encantam os ouvintes.

A cidade é linda e encantadora. Tão perto de Aracaju, é uma viagem ao interior nordestino a poucos quilômetros da capital. São Cristóvão guarda desde a fase colonial alguns edifícios históricos e tradições, tais como as romarias e as festas religiosas. A festa de Nosso Senhor dos Passos, por exemplo, ainda atrai fiéis de vários estados do Brasil. A paisagem urbana da sede de São Cristóvão integra a topografia acidentada do morro da Cidade Alta com a Cidade Baixa à beira do rio Paramopama.

Museu de Arte Sacra
Museu de Arte Sacra de São Cristóvão guarda mais de 500 peças sobre o catolicismo sergipano (Imagem: Marcos Arruda)

O Museu de Arte Sacra de São Cristóvão foi criado em 1960. O edifício, com suas linhas arquitetônicas prevalecem do estilo barroco, foi tombado pelo Estado como bem de valor e preservação em setembro de 2003. O acervo do museu mais antigo de Sergipe é rico e diversificado. O local dispõe de mais de 500 peças catalogadas e funciona de terça a sábado, das 10h às 16h, e aos domingos das 9h às 13h. Instalado numa ala da antiga Ordem Terceira de São Francisco, ao lado do convento que leva o mesmo nome, o Museu é um dos mais importantes do Brasil nesse tipo de acervo e guarda obras do século XVII ao XX. Nos dois pisos do prédio, vemos altares em madeira e ouro, imagens articuladas, móveis, artefatos antigos e a capela do convento, aberta somente em datas religiosas específicas.

Irmão Dulce- Santa Brasileira
Gruta onde Irmã Dulce fazia suas orações (Marcos Arruda)

É em São Cristóvão onde Irmã Dulce iniciou a sua vida religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, que está localizado o Convento da Nossa Senhora do Carmo. Hoje, no local, funciona também o Museu dos Ex-Votos. O processo de beatificação e de santificação de Irmã Dulce se iniciou por conta do milagre da santa ocorrido em terras sergipanas, onde uma senhora sobreviveu ao parto após uma forte hemorragia. A Beata teve o seu segundo milagre reconhecido e será proclamada santa pelo Vaticano, ainda este ano, sendo a primeira mulher nascida no Brasil com esse título. A igreja e convento da Ordem Terceira do Carmo tem um estilo Barroco, sua construção deu-se no início do século XVII. As obras foram concluídas, provavelmente, em 1766.

Outros pontos Turísticos:
  • Ateliê de Nivaldo Oliveira: Encontramos suas obras em Xilogravuras e a arte em suas vertentes no ateliê do artista Nivaldo Oliveira.
  • Casa do Cordel: Quem vai a cidade de São Cristóvão não pode deixar de conhecer a Casa do Cordel. Localizada na Praça da Matriz, Centro Histórico, o espaço foi criado em 2015 pela professora e cordelista, Alda Cruz, com todo o seu carisma, lucidez e jovialidade aos seus quase 100 anos de idade. O local tem o objetivo de manter a tradição da cultura do cordel e propagar a história do município aos quatro cantos do Brasil.
  • Casa das Saberes e Fazeres (Casa das Bonequeiras) – Localizada na Praça da Matriz, no Centro Histórico de São Cristóvão. O local guarda a tradição das mulheres, que fazem bonecas de pano e bordados que imortalizam a história do povo sancristovense.
  • Conjunto do Carmo – Igreja do Carmo grande e igreja do Carmo pequeno: Situado no antigo Largo do Carmo, atual Praça Senhor dos Passos, o Conjunto foi iniciado no século XVII, pelos religiosos Carmelitas Calçados estabelecidos em São Cristóvão em 1618. Compreende a antiga Igreja Conventual de Nossa Senhora do Carmo (Carmo Grande), atual moradia de Frades Carmelitas e a antiga Capela da Ordem Terceira do Carmo (Carmo Pequeno), atual Igreja Senhor dos Passos, onde anexo funciona o Museu dos Ex-votos

CIDADE DE LARANJEIRAS
(Imagem: Marcos Arruda)

Laranjeiras fica a 23 km da capital Aracaju. Segunda cidade mais antiga do Estado de Sergipe, sendo sua fundação datada de 1605. Em 1808, o povoado contava com cerca de 600 fogos em sua sede e redondezas, o que representava uma boa produção de cana-de-açúcar. A cidade foi elevada à categoria de freguesia em 1835. Considerado um dos roteiros culturais e de monumentos mais visitados do Estado. O nome da cidade foi dado segundo historiadores por causa de um porto que ficou conhecido como o Porto das Laranjeiras – Em torno dele, o comércio ganhou espaço, principalmente com a troca de escravos. Surgiram as primeiras residências e, a partir de 1637, o pequeno povoado das Laranjeiras também sofreu com os ataques e depois com o domínio holandês, durante o qual muitas casas foram destruídas. Entretanto, o porto – um ponto estratégico – foi preservado. Apenas por volta de 1645, os holandeses saíram de Sergipe. O local tem como ícone principal as suas igrejas seculares, mais conhecido como “a Capital ou Berço da Cultura Sergipana” Por ser referência no folclore –  Seus folguedos estão entre os mais importantes do Brasil, como por exemplo o Reisado, Guerreiros, Lambe-Sujos e Caboclinhos, Cacumbi do Mestre Deca, Taieira, Samba de Parelha, São Gonçalo, Batalhão 1º de São João, Chegança Almirante Tamandaré e os Penitentes. Os passeios mais populares são: o Centro Antigo, os Museus e as Igrejas.

Outros pontos Turísticos:
  • Igreja de Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus – Igreja Matriz: As únicas informações sobre a construção da igreja estão no Arquivo Público da Bahia e são datadas de 1790.
  • Museu de Arte Sagra: Criado em 1995, antes era uma casa normal da família Lafayet Pimentel de Barros Franco. O museu foi um Casarão do início do século XX, pertencente originalmente a família Sobral Franco. É considerado por muitos estudiosos, o conjunto mais significativo e único merecedor do título de eclético.
  • Primeira Igreja Evangélica do Esta – Igreja Presbiteriana
  • Igreja de São Benedito
  • Igreja de Nossa Senhora do Rosário – Localizada no Morro do Bonfim, dentro do perímetro tombado pelo Iphan em Laranjeiras. A igreja foi construída por escravos, na primeira metade do século XIX.
  • Igreja do Bonfim – A igreja do Senhor do Bonfim foi construída no ponto mais alto da cidade (65 metros), possui vinte e seis metros de comprimento, oito de largura e originalmente com três altares: o do Senhor do Bonfim, o do Senhor da Cruz e o de Nossa Senhora das Dores.
  • Conceição da Comandaroba, uma construção feita pelos jesuítas no século XVIII, que, segundo os habitantes locais, era ligada por um túnel à gruta da Pedra Furada. A igreja foi restaurada no início dos anos 1950. Fazem parte do acervo, imagens de Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia, São Benedito, São Gonçalo e o Cristo crucificado.
  • Museu Comunitário Filhos de Obá – O Terreiro Filhos de Obá: Primeiro terreiro de candomblé que é tombado pelo Governo de Sergipe. Os Filhos de Obá é de origem Nagó e é considerado um terreiro de Matriz, já que muitos outros se originou dele.
  • Igreja do Bom Jesus dos Navegantes – vista panorâmica da cidade e pôr-do-sol. Foi a última igreja a ser construída e fica no Morro do Bom Jesus

Veja mais imagens na galeria abaixo:

 

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O Portal TURISMO&EVENTOS viaja a Sergipe a convite da FRT Operadora, Sebrae-SE e ABIH-SE em São Paulo em parceria com a Master’s Transportes

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